segunda-feira, 25 de novembro de 2013

SAUDAÇÃO DO COLETIVO LUTASOCIAIS AO I ENOPES

O I Encontro Nacional de Oposições Populares, Estudantis e Sindicais – ENOPES, que aconteceu entre os dias 15 e 17 de Novembro em Seropédica/RJ, foi em sua totalidade positivo para os setores classistas, antigovernistas e independentes como o Coletivo LutaSociais.
O Coletivo reúne estudantes na UFC e UnB que tiveram momentos de socialização das lutas durante o Encontro, entendendo que esse processo de trocas é de fundamental importância para fortalecer o movimento estudantil de Ciências Sociais que está aprofundado nos modos governistas e paragovernistas de fazer movimento. Exemplo desse modo foi o último ENECS que aconteceu em Julho de 2013 em Fortaleza, onde esses setores de atuação nacional no curso deslegitimaram a Coordenação Regional de Estudantes de Ciências Sociais – CRECS Centro Oeste, que foi impulsionada de modo a fortalecer a democracia de base e blindar o oportunismo dos que vão a esses encontros sem comprometimento nenhum com a base.
O ENOPES, muito diferentemente, “recarregou as baterias” das organizações e militantes que fazem um ferrenho trabalho de base em seus locais de trabalho, estudo e moradia. Mostrou ser um espaço auto-organizado e fundamental para o aprofundamento do classismo e da ação direta proletária. Agora o ENOPES continua, não nos deixaremos cair nas práticas que tanto rechaçamos daqueles setores reformistas e pelegos! O I ENOPES continua nos nossos locais de atuação, vamos implementar o plano de lutas tirado nesse encontro, fortalecendo a democracia de base, o classismo e tendo a ação direta como principal método na luta contra o Estado, o capital e todos os reformistas conciliadores de classes!
O POVO UNIDO É UM POVO FORTE, NÃO TEME A LUTA, NÃO TEME A MORTE. O POVO UNIDO É UM POVO FORTE,  NÃO TEME A LUTA, NÃO TEME A MORTE. AVANTE COMPANHEIROS ESSA LUTA É MINHA E SUA, UNIDOS VENCEREMOS E O ENOPES CONTINUA!
AVANTE COLETIVO LUTASOCIAIS! AVANTE RECC!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Manifesto do LutaSociais ao 28° ENECS


Nas semanas que antecederam este 28º ENECS vivemos um verdadeiro levante popular em nosso país. Os estudantes, junto ao proletariado marginal, juventude pobre e setores médios da sociedade saíram às ruas protagonizando ações massivas e radicalizadas na maioria das cidades e capitais do Brasil, reivindicando melhorias na saúde, educação e transportes.Frente a isso o atual processo de reorganização dos estudantes de ciências sociais está diante de uma importante questão: aprofundar o que nos mostram as ruas ou seguir os ditames do movimento estudantil dos gabinetes. 
Mas como agiram as ruas? As mobilizações que tomaram país são um dos eventos mais importantes de nossa história recente, vimos em algumas semanas o povo cansado de promessas sair às ruas atacar com pedras, ações de resistência e enfrentamentos não apenas os aparatos do Estado Burguês, mas principalmente os velhos métodos da esquerda reformista. As conhecidas “voltas olímpicas” na esplanada dos ministérios acordadas com a polícia ou das marchas visando à sensibilização de parlamentares ficaram para trás, e por isso mesmo tais atos foram tão efetivos e ameaçadores a elite brasileira.  
Não foi a toa que partidos como PT, PSOL e PSTU, em busca de defender o velho caminho institucional, fizeram coro junto a mídia burguesa condenando os “vândalos”, buscando isolar os setores mais radicais. A agressão por membros do PC do B a militantes anarquistas na manifestação de 11 de julho no Rio de Janeiro demonstram que as linhas que separam a velha esquerda da direita são muito tênues.  Hoje estes partidos buscam controlar este movimento os colocando na velha correia das entidades estudantis burocráticas como a UNE e a ANEL ou das Centrais Sindicais pelegas como a CUT e a CSP-Conlutas.   
Dessa forma o movimento estudantil de Ciências Sociais precisa aprofundar o que nos mostram as ruas. Isso significa se preparar para as ações de rua, apoiar aqueles que se revoltam e não condená-los. Precisamos de um programa que combata as ações do Governo Dilma em defesa das grandes empreiteiras da Copa e do PAC; as péssimas condições de vida da população nos centros urbanos que sofre com as remoções, baixos salários e altos preços que beneficiam os patrões; a violência policial. Precisamos combater o novo PNE que implementam as políticas privatistas na educação. Para isso precisamos nos organizar.   
ORGANIZAR A ANECS PELA BASE E PARA O COMBATE! 
Desde que a antiga FEMECS – Federação do Movimento Estudantil de Ciências Sociais foi extinta, o MECS passou por um período de inatividade e desorganização muito prejudicial a nós. Os encontros ainda aconteciam, porém nada era acumulado dos anteriores por falta de uma articulação das escolas.  
Em 2010, foi tirado na plenária final que no ano seguinte a escola sede teria como tarefa preparar o terreno para a discussão de uma nova organização nacional que superasse os problemas do passado. BH foi a escolhida para sediar o encontro, muito foi debatido sobre como seria o formato da nova organização e decidiu-se que seria criada uma articulação nacional com caráter provisório, com uma coordenação nacional, até que se gerasse debate suficiente para a fundação mais concreta de uma entidade de estudantes de ciências sociais. Criou-se neste ano de 2011 a ANECS – Articulação Nacional de Estudantes de Ciências Sociais. 
Houveram problemas neste caminho, a CO verificou vários erros e com esta experiência algumas coisas puderam ser aprendidas. Porém uma oportunidade perdida foi no CONECS – Conselho Nacional de Estudantes de Ciências Sociais de Janeiro de 2012, foi posta para votação e perdida a proposta de criação de um GT para discutir e propor sobre as questões estatutárias da provável nova entidade. Com esta absurda recusa de discutir algumas das questões mais importantes para nossa organização por parte de setores do PT, Consulta Popular e “autonomistas”, sob o argumento de que seria autoritário “discutir sem a base”, perdemos um ano inteiro de acumulo de discussões sobre o tema. 
Em Fevereiro de 2013 foi discutida no CONECS em cima da hora uma proposta para o estatuto e jogada para as bases se virarem para debater alguns meses antes do ENECS 2013. Nós do LutaSociais entendemos que é extremamente necessário ter uma organização nacional para superar a fragmentação da nossa classe e da nossa categoria, porém somente ter uma organização, independente de seu formato, não resolve nosso problema.  
Nós defendemos um modelo de organização que tenha a maior participação das bases como princípio, que ela sirva como um instrumento de luta da nossa categoria. Baseamos nossas propostas em nossos estudos e experiência militante, assim como nas experiências de outras organizações de área. Precisamos de uma organização que não caia numa espécie de “basismo” burocrático que tende a imobilizar as lutas, nem num vanguardismo que separe a direção de sua base. Percebemos que o basismo vem ocorrendo em nossa organização, pois a CN não se posicionou concretamente em relação a nada dos movimentos que vêm acontecendo atualmente no Brasil, quando sua função deveria ser exatamente estimular as lutas e sua radicalização em defesa dos direitos dos povos oprimidos e das periferias por melhoria da qualidade de vida e transporte público, contra o direito de intervenção do Capital que ataca nosso povo. 
Propomos então um formato de organização que deixe espaço para as organizações regionais seguirem seus rumos de acordo com o desenvolvimento político de cada região, deixando para o ENECS os posicionamentos sobre questões nacionais. Que o debate com os estudantes que estão na base seja obrigatório como critério de participação das escolas, para evitar que somente “aqueles que podem pagar para ir ao encontro” decidam sobre todos os demais, e que o os votos das escolas seja proporcional ao numero de estudantes que participaram das discussões do evento nacional em cada escola. Este modelo vai trazer de fato os estudantes para mais próximo da ANECS, vai politizar as discussões e impedir o aparelhamento da entidade porque qualquer grupo de estudantes que queira participar deverá necessariamente fazer um verdadeiro “trabalho de base” para discutir com seus colegas e tirar posicionamentos sobre o que será deliberado no encontro. Desta forma, até mesmo os estudantes que não puderem participar do encontro poderão estar contribuindo com seus posicionamentos para a tomada dos rumos de nossa entidade. Isto é o que chamamos de democracia de base. 


LUTASOCIAIS CONVIDA AO DEBATE: 

AS CIÊNCIAS SOCIAIS E AS
 MANIFESTAÇÕES DE JUNHO 

CONCENTRAÇÃO: BLOCO H 
DATA E HORÁRIO: 26.07 às 19H 


Coletivo LutaSociais filiado à Rede Estudantil Classista e Combativa - RECC 
lutasociais.blogspot.com  |  redeclassista.blogspot.com 

Manifesto do LutaSociais ao 26° ENECS

Manifesto Ao XXVI ENECS-2011 by LutaSociais

I ERECS (Encontro Regional de Estudantes de Ciências Sociais): um passo a frente na construção do Movimento Estudantil Combativo.

        Entre os dias 27 de Abril a 1° de Maio de 2013, ocorreu na UnB (Universidade de Brasília) o I ERECS (Encontro Regional de Estudantes de Ciências Sociais) Centro Oeste. O evento contou com a participação dos estudantes e dos centros acadêmicos das principais universidades federais da Região: UnB (CASO), UFMT (CACIS), UFG Goiânia e Catalão (CACS), UFMS (CACISO) e observadores de outras localidades. Com a Temática: “Conflitos Urbanos e Rurais”, o encontro visou se debruçar sobre as principais contradições de classe presentes na região e armar os estudantes de ciências sociais de uma Coordenação capaz de fazer frente aos desafios colocados pela luta.
        A RECC, através do Coletivo LutaSociais e seus militantes atuantes nos centros acadêmicos da região, ajudou a impulsionar o encontro tendo em vista que o movimento de curso cumpre um papel estratégico na reorganização do Movimento Estudantil Classista e Combativo no brasil, potencial este paralisado ou colocado em segundo plano pelos partidos reformistas (PT, PSOL e PSTU).
        A partir do debate acumulado nas mesas foram deliberadas centralmente 3 Campanhas de Luta. Frente à escalada de repressão ao ME presenciado na UnB, UFMT dentre outras universidades, foi encaminhada a campanha: 1) Contra a Criminalização do ME. Em relação aos Mega-eventos e os projetos neodesenvolvimentistas que vem se constituindo em ataques diretos aos povos do campo e trabalhadores pobres da cidade, foi encaminhada a campanha: 2) Contra as remoções e super-exploração do trabalho gerado pelos mega-eventos. E por fim, dado ao acúmulo sobre a necessidade de reconstruir mais do que nunca um movimento feminista proletário, visando atender as necessidades das estudantes-trabalhadoras, foi deliberada a terceira campanha: 3) Creches Públicas nas Universidades. 
        Além disso, bandeiras fundamentais foram levantadas, como por exemplo: “Contra nova reforma do ensino médio” que vem para precarizar o trabalho dos professores (destino de muitos formados em nosso curso) e avançar na privatização via convênios com o Sistema S. Outra bandeira fundamental foi a defesa da Entrada Única (Ciências Sociais) e Saída Múltipla (antropologia, sociologia, ciência política em bacharel e licenciatura) visando o combate a fragmentação do Curso de Ciências Sociais e a possibilidade de formação em todo os âmbitos sem a necessidade de se realizar outro vestibular. Foram criados também GT’s: de a) Opressões, de b) Questão da terra no campo e na cidade e c) Políticas Educacionais.  
        Frente a estas tarefas, um dos passos mais importantes foi sem dúvida a criação da CRECS (Coordenação Regional dos Estudantes de Ciências Sociais) do Centro Oeste, numa conjuntura em que a mais de 8 anos os estudantes não se reuniam regionalmente[1].  Entres os princípios da Coordenação estão à ação direta estudantil, o classismo e o repúdio as entidades que hoje prestam um desserviço ao Movimento Estudantil: UNE e ANEL. O formato da organização também é um avanço para os estudantes garantindo a participação de todas as escolas numa coordenação executiva regional e tendo por pressuposto nos Encontros Regionais (ERECS) a eleição de delegados em assembléia prévia ao Encontro, fazendo com que a discussão obrigatoriamente perpasse em cada base.    
        A região centro-oeste segue sendo o epicentro de um dos principais conflitos de classe no Brasil, entre os povos indígenas e camponeses contra a burguesia rural, que ao lado do Governo Dilma vem avançando violentamente na política de expansão do agronegócio. Faz se hoje de importância capital a construção de espaços de unidade e campanhas de solidariedade entre as lutas dos trabalhadores e estudantes do campo e da cidade. Para tanto a questão agrária foi muito debatida no encontro, bandeiras foram levantadas e uma visita de campo foi realizada a um acampamento do MST, onde apesar da capitulação crescente da direção do movimento, foi percebida a forte combatividade e solidariedade da base.       
        Ao fim deste I ERECS fica o exemplo de organização e perseverança dos estudantes de ciências sociais do centro oeste na reconstrução de um movimento estudantil combativo. O Coletivo LutaSociais/RECC saúda a iniciativa e chama outros estudantes brasileiros a seguirem este exemplo de luta, construindo em cada escola CA’s democráticos e anti-governistas, transformando suas organizações regionais em efetivos mecanismo de luta e pautando no próximo 28° ENECS (Encontro Nacional de Estudantes de Ciências Sociais) que ANECS saia da paralisia e desenvolva um combate efetivo as políticas do Governo Dilma de ataque a educação e aos direitos do povo.



Viva a CRECS!

Una-se ao Coletivo LutaSociais/RECC!  

2° Comunicado do Coletivo LutaSociais UnB

Comunicado Luta Sociais